A Polícia Civil de São Paulo, o estado mais rico do Brasil, pede socorro. Com um deficit que chega a 33%, os policiais trabalham diariamente com a sobrecarga e acúmulo de funções, recebendo o pior salário pago a um policial civil no Brasil.
Pela primeira vez desde 2017, quando o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP) começou a publicar os dados do Defasômetro, o número cargos ocupados na Polícia Civil está abaixo de 28 mil profissionais. Em Julho deste ano, o efetivo era de 27.950 profissionais, quando a lei estabelece um quadro de 41.912.
O SINDPESP visitou todos os Deinters do Estado, ouviu os policiais e a sociedade e elaborou um relatório para entregar ao governador João Doria.
Neste documento estão relacionados os problemas que foram causados por anos de negligência e descaso com a segurança pública, pelos governos anteriores. “Esperamos que o governador aceite este relatório e implemente medidas para sanar esses problemas. A Polícia Civil precisa ter condições para desenvolver sua função constitucional com inteligência e a sociedade merece uma segurança pública de qualidade”, afirma a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati.
Assista ao vídeo sobre o relatório e as visitas aos Deinters
CLIQUE AQUI e veja o relatório enviado ao governador João Doria

RAQUEL KOBASHI GALLINATI Delegada de Polícia desde 2012, é a primeira mulher a ser eleita presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, SINDPESP, fundado em 1989. Trabalhou como Delegada de Polícia em delegacias do Departamento de Polícia da Capital (DECAP). Formada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pós graduada em Ciências Criminais e Mestre em Filosofia, pela PUC-SP, em 2007. Pós graduanda pela Academia Nacional da Polícia Federal em Direito de Polícia Judiciária, tem vasto conhecimento nos crimes de violência contra a mulher, especialmente o feminicídio.