Direcionado a dirigentes de clubes e profissionais da indústria do esporte, seminário fala sobre as Leis de Incentivo ao Esporte
Fotos: Fernando Gonzaga

Ribeirão Preto recebeu nesta quarta-feira, dia 30 de outubro, um seminário direcionado a dirigentes de clubes e profissionais da indústria do esporte interessados na possibilidade de captação de recursos para financiamento de projetos esportivos, por meio das Leis de Incentivo ao Esporte.
A abertura do seminário contou com presença do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, do secretário de Esportes, Ricardo Aguiar, além de autoridades e participantes ligados ao esporte.

Nogueira destacou que o esporte de Ribeirão Preto vem conquistando constantes avanços na cidade. “O esporte é coisa séria, não é entretenimento e nem brincadeira, aqui é levado estritamente ao patamar que deve ter, o de conquistas”, disse.
Os debates trouxeram uma oportunidade aos presentes para conhecerem o funcionamento da captação de recursos para financiamento de projetos esportivos previamente aprovados pelo Governo, nos termos da Lei Federal de Incentivo ao Esporte – Lei 11.438/2006.
“São recursos que estão disponíveis e que não utilizamos. Falar que a situação do Brasil está difícil é cair na mesmice. Não adianta falar da economia, temos que procurar falar das oportunidades que existem para que possamos gerar novos recursos”, explicou o presidente da FPF.

Nos últimos anos foram autorizados R$ 6 bilhões para captação, no entanto, apenas R$ 2 bilhões, 34% do total, foram efetivamente captados, sendo que entre os 50 maiores proponentes estão presentes apenas duas entidades de futebol. A região Sudeste, onde se encontra o estado de São Paulo, concentra 64% dos projetos apresentados e 80% da captação.
“Estamos correndo atrás dessas verbas para investir na Cava do Bosque, na Estação Cidadania-Esporte [que fica na zona Norte de Ribeirão Preto] e espalhar os equipamentos esportivos pela cidade para incentivar a prática esportiva para aqueles que possuem menos oportunidades”, destacou o Prefeito.
O potencial para captação é enorme: em 2017, o vôlei captou R$ 50 milhões, o basquete R$ 44 milhões, o tênis R$ 43 milhões e o futebol R$ 37 milhões. Vale destacar, ainda, a possibilidade de captação de recursos via Leis de Incentivo ao Esporte em âmbito Estadual e Municipal (nas cidades que possuem legislação própria).

Duarte Nogueira ainda ressaltou a criação do São Francisco Saúde/Vôlei Ribeirão, um projeto totalmente financiado pela iniciativa privada e que não possui investimento do setor público. “Convidamos o Lipe Fonteles, campeão olímpico em 2016 na Olimpíada do Rio de Janeiro, e montamos um time que já venceu a Taça Prata, a Superliga B e disputamos a Superliga A no ano passado”, falou.
Outra fonte pouco aproveitada pelas entidades esportivas é a emenda parlamentar. Em 2018, só em âmbito federal, havia R$ 8,8 bilhões disponíveis, garantindo a cada um dos 513 deputados e 81 senadores uma cota de R$ 14,8 milhões a serem gastos em projetos encampados pelos parlamentares.
