Evento acontece até 7 de outubro no Ateliê CH Faria, Setor Mogiana, no Ribeirão Shopping
Fotos: Divulgação

A Secretaria Municipal da Cultura, através do Complexo de Museus, convida para a exposição “Obras restauradas do Projeto Restauração do acervo dos Museus Histórico e do Café de Ribeirão Preto”. A exposição está aberta ao público, gratuitamente, no Ateliê CH Faria, Setor Mogiana, no Ribeirão Shopping, de 23 de setembro a 7 de outubro.
Estão expostas 30 obras, datadas de 1912 a 1954, que retratam locais históricos da cidade como a Velha Matriz na Praça XV, a sede da fazenda Monte Alegre, a Praça das Bandeiras e Rua Querino de Andrade, Theatro Carlos Gomes, Igreja Matriz Primitiva de Ribeirão Preto, antiga estação de trem da Mogiana e casas antigas da cidade. Além disso, os visitantes podem apreciar retratos de personalidades históricas, entre elas, Francisco Schmidt, Marechal Deodoro da Fonseca, Prudente de Morais, Antônio Diederichsen, Arcebispo Dom Alberto Gonçalves e Plínio Travassos dos Santos.

As obras são feitas em óleo sobre tela, aquarela e fotografias, assinadas por Jorge Maltieira, Franjanz Vaz, Pedro Sella Jr., Távola, G. Perecinotto, Messias Toledo, J.J. Canova, Oscar Pereira da Silva, Guido Lami, Trajano Vaz Paris, F. Azquarone, entre outros artistas plásticos.
“Agradecemos a parceria do RibeirãoShopping ao contribuir com a Secretaria Municipal da Cultura na apresentação para a população, de Ribeirão Preto e região, de parte do acervo das obras restauradas dos Museus Histórico e do Café. O trabalho da AVD Arte & Restauro recuperou o esplendor destas obras e possibilitou uma devolutiva à sociedade quanto ao trabalho realizado diariamente pela equipe dos Museus para, o mais breve possível, reabrir as portas deste equipamento cultural e lugar de memória de nossa cidade”, salienta José Venancio de Souza Júnior, chefe de Seção dos Museus Histórico e do Café.

Obras restauradas
O projeto “Conservação e Restauração do acervo do Museu Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos”, contemplado no edital nº 18/2018 do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria da Cultura e Economia Criativa de São Paulo, restaurou 86 obras do extenso acervo do Museu Histórico de Ribeirão Preto. Os restauradores da AVD Arte & Restauro fizeram o levantamento e escolha das obras em 2018 e iniciaram suas ações em fevereiro de 2019.
Trata-se da conservação e restauração de pinturas e esculturas que compõem o acervo e melhorias na reserva técnica do Museu Histórico Plinio Travassos dos Santos, localizado no município de Ribeirão Preto, em um complexo arquitetônico tombado pelo CONDEPHAAT e CONPPAC. Com 17.000 metros quadrados, abriga também o Museu do Café local, onde era a sede da antiga Fazenda Monte Alegre, que foi, no final do século XIX e início do século XX, uma das mais importantes fazendas de café da região, constituindo-se em um referencial histórico-cultural para a cidade de Ribeirão Preto relacionado a este período histórico.

O apoio a este projeto pela Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto concretiza a visão da nova gestão em reverter definitivamente a situação em que se encontram os Museus Histórico e do Café. Além da conclusão das reformas na edificação que estão ocorrendo, as melhorias na reserva técnica, a conservação e restauração das principais obras serão suficientes para que a Instituição realize atividades educativas e culturais em suas instalações (“Ateliê Aberto” e Oficina de conservação), exposições, e promova novas pesquisas principalmente na região de Ribeirão Preto.
Complexo de Museus
O Museu Histórico de Ribeirão Preto tem este nome pois foi idealizado por Plínio Travassos dos Santos, localiza-se em um complexo que abriga também o Museu do Café, local onde funcionou a antiga casa sede da fazenda Monte Alegre de Ribeirão Preto, uma das mais importantes fazendas do Brasil nos tempos áureos da economia cafeeira nacional.

O acervo reunido por Plínio até 1950, destinado ao Museu Municipal, foi formado com doação dos próprios artistas, no caso de pinturas e esculturas, e outros objetos foram ofertados por instituições, tais como o Museu Paulista, instituto Butantã, Museu Nacional, instituto de Zoologia do Estado, Instituto Oswaldo Cruz entre outros. Plínio empreendeu uma série de viagens e criou uma rede de contatos junto aos órgãos públicos e instituições de cultura, conseguindo trazer para o museu de Ribeirão Preto peças em doação. Em 28 de março de 1951, o Museu foi aberto com as seções de Artes, História, Etnologia indígena, Zoologia, Geografia e Numismática.

Os Museus Histórico e do Café abrigam um dos mais importantes acervos relacionados ao café, formado por cerca de 3.000 objetos, dentre eles: documentos históricos, fotografias, numismática, etnologia indígena, mineralogia, mobiliário, indumentária, além de obras de arte como pinturas e esculturas de artistas de renome como: Victor Brecheret, Rodolfo Bernardelli, José Pereira Barreto, Tito Bernucci, Oscar Pereira da Silva, J. B. Ferri, Odete Barcelos, Colette Pujol, muitas com temática histórica.
