Centenas de pessoas se mobilizaram em Lima para exigir a renúncia da presidente
17 de janeiro de 2023, 05:11 h Atualizado em 17 de janeiro de 2023, 05:11
Manifestantes entram em confronto com forças de segurança durante protesto em Juliaca, no Peru (Foto: REUTERS/Hugo Courotto)
247 – Organizações camponesas e milhares de pessoas de diferentes regiões do Peru viajaram para a capital Lima na madrugada desta terça-feira (17) para participar de uma manifestação com a exigência da renúncia da presidente Dina Boluarte, informa a Telesur.
O correspondente da Telesur no Peru, Jaime Herrera, informou que os camponeses estão viajando em caminhões da região de Apurimac para a capital peruana para se juntar à grande mobilização.
Herrera lembrou que a greve por tempo indeterminado na região de Apurimac completou 14 dias na véspera com uma constante mobilização social em defesa do ex-presidente Pedro Castillo, que foi derrubado pelo Congresso no início de dezembro.
Da cidade de Cusco, dezenas de camponeses em ônibus e caminhões também partiram para Lima, para se juntar à marcha para exigir, entre outras reivindicações, eleições imediatas e a convocação de uma Assembleia Constituinte.
Em Humay, cidade ao pé da Cordilheira dos Andes, cerca de 240 quilômetros a sudeste de Lima, cerca de 200 moradores de Andahuaylas que viajavam nesta segunda-feira em uma caravana de veículos foram bloqueados pela polícia para realizar verificações de identidade.
A polícia cortou ali a rodovia da Libertadores para impedir a passagem e prendeu quatro motoristas por não estarem com os documentos administrativos em dia.
A Ouvidoria pediu às forças policiais que permitissem a passagem de caminhões com camponeses a Lima para participar da manifestação.
Para deter as mobilizações e protestos, o governo de Dina Boluarte estendeu o estado de emergência por 30 dias no sábado em Lima, Cusco, Callao e Puno, autorizando os militares a intervir juntamente com a polícia para conter os protestos.
Também estendeu por pelo menos 10 dias o toque de recolher das 20h às 4h na região de Puno.